Como em
muitas religiões, o vodu também possui um templo. Mas o que caracteriza o
santuário é uma coluna chamada poteau-mitan. Localizada no centro do templo,
essa coluna é considerada sagrada pelos seguidores e é em sua volta que as
cerimônias de comunicação com as divindades são realizadas. Ao redor da poteau
encontram-se desenhos decorativos chamados vevers. São representações desenhadas e pintadas de diversas entidades
adoradas no vodu.
Os nomes das divindades depende da região onde o ritual é praticado, mas a maioria dos adeptos considera que o panteão veio da África. As entidades desses panteões são consideradas pelos adeptos como espíritos de pessoas que já faleceram, homens que tiveram importância dentro da comunidade religiosa, príncipes ou sacerdotes. Esses espíritos levam o nome de loas, e podem ser classificados em entidades de dois grupos: Rada - entidades transmitidas por Daomé e Petros - entidades que, ao longo do tempo, infiltraram-se na prática religiosa vodu. As manifestações dos grupos petros e rada têm personalidades definidas e procuram sempre seguir uma família específica de adeptos. Outras divindades são públicas, manifestando-se em qualquer pessoa. Hungans e mambos.
A maioria das religiões possui líderes que conduzem seus cultos e rituais. No vodu são conhecidos por hungans. A mulher também tem a sua participação -mambo.
Existem
algumas informações que apontam o voduísmo como uma religião matriarcal, na
qual a mambo é conhecida também como rainha, porém, é o hungan que preside o
hunfort, o santuário religioso. O sacerdote vodu possui várias posições: atua
como curandeiro, adivinho e exorcista. Nas comunidades em que se observa a
falta do sacerdote a mulher toma a frente, sendo considerada a maior autoridade
religiosa.
As cerimônias ocorrem geralmente a noite. Fazem parte do ritual: bebidas de
rum, frutas e jarros de barros.
As bebidas e
comidas são erguidas e oferecidas aos Loas, para invocá-los. Os voduístas lhes
oferecem também sacrifícios de animais. Após
as oferendas com danças, os Loas possuem os corpos de seus súditos. É
interessante que nas possessões os indivíduos não possuem consciência daquilo
que fazem e, conseqüentemente, não se recordam do ocorrido após o fim do
ritual.
No vodu as danças em volta da
Ponteau-Mitan são para obter a espiritualidade. Para cada divindade existe um
tipo de melodia, instrumentos e ritmos próprios.